Trabalhadores da coleta de lixo em Teresina estão com as atividades paralisadas desde às 5h da manhã desta quarta-feira (09), em protesto contra a falta de pagamento de salários. A paralisação, que terá duração inicial de 24 horas, foi confirmada pelo Sindicato dos Empregados das Empresas de Asseio e Conservação do Piauí (Seeacep).
Os funcionários afetados são vinculados à empresa Recicle/Aurora, responsável pela prestação do serviço de coleta na capital. Além dos salários atrasados, os trabalhadores também reivindicam o pagamento do vale-alimentação e do vale-transporte, benefícios que, segundo o sindicato, também estão em atraso.
De acordo com o Seeacep, a Prefeitura de Teresina possui recursos disponíveis em caixa para realizar o repasse, mas o pagamento depende da assinatura de um aditivo contratual por parte da empresa, que teria se recusado a firmar o documento.
Ainda hoje (09), uma nova assembleia será realizada com a categoria para decidir os próximos passos da mobilização. Caso não haja avanço nas negociações, os trabalhadores podem deflagrar uma greve por tempo indeterminado.
Em nota de esclarecimento, a Prefeitura de Teresina informou que está impossibilitada de realizar o pagamento diretamente aos trabalhadores devido à recusa da empresa em assinar o aditivo contratual necessário para a liberação dos recursos.
Foto: Lucas Klisman
Nota da Prefeitura de Teresina
Diante de anúncio da paralisação dos serviços de limpeza pública pelo Sindicato da categoria, a Prefeitura de Teresina vêm a público esclarecer que o Consórcio Recicle/Aurora, responsável pela limpeza pública da capital, recusou-se a assinar instrumento legal que garantiria o pagamento dos serviços prestados durante o mês de junho de 2025, mesmo após tentativa de conciliação entre a PMT e o Consórcio, sob a coordenação do Tribunal Regional do Trabalho (NUPEMEC-TRT-22ª).
Apesar dos esforços da gestão municipal e da mediação feita pelo TRT, a empresa tem mantido uma postura de desrespeito aos compromissos assumidos, prejudicando diretamente a prestação do serviço e, sobretudo, os trabalhadores responsáveis pelos serviços de limpeza.
Diante dessa situação, a Prefeitura compreende o movimento dos garis em paralisar suas atividades, uma vez que os próprios trabalhadores não têm sido devidamente respeitados pela empresa contratada quanto aos pagamentos dos seus serviços.
Visando a resolução do problema, a gestão municipal determinou o pagamento do valor referente a dezembro de 2024, apurado após auditoria, o qual segue pendente diante da inércia da contratada para apresentação da documentação necessária à liberação dos valores.
Face às pendências elencadas, a PMT segue em diálogo com o Tribunal Regional do Trabalho para destinação dos valores depositados judicialmente para adimplemento das verbas trabalhistas e buscará todas as medidas cabíveis para garantir o cumprimento do acordo, a valorização dos trabalhadores e a regularização dos serviços de limpeza urbana em Teresina.
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