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Cidades

Greve descumpre decisão judicial e reduz circulação de ônibus

Categoria pede reajuste e prefeitura aciona transporte alternativo durante a greve

A greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Teresina, iniciada nesta segunda-feira (12), já apresenta impacto direto na circulação de veículos e no atendimento à população. Segundo o Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros de Teresina (Setut), a categoria está descumprindo uma decisão judicial que determina o funcionamento de 80% da frota nos horários de pico e 40% nos demais períodos, sob pena de multa diária de R\$ 50 mil.

De acordo com a advogada do Setut, Nayara Moraes, a determinação não está sendo seguida. “No horário entre pico, deveriam estar circulando entre 100 e 110 veículos, mas não há nem 30 em operação, conforme dados do GPS”, afirmou. A entidade informou que vai comunicar o descumprimento à Justiça do Trabalho.

A paralisação foi motivada pela falta de reajuste salarial, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transportes Rodoviários no Estado do Piauí (Sintetro). A categoria afirma que está há três anos sem aumento e reivindica um reajuste de 15% nos salários, ticket alimentação de R\$ 900 e acréscimo de R\$ 150 no plano de saúde.

Durante a paralisação, a Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) tem fiscalizado a operação da frota e cadastrou mais de 50 veículos alternativos para amenizar os efeitos da greve. No entanto, esses veículos operam com tarifa cheia de R\$ 4,00 e não oferecem gratuidade, meia passagem ou integração.

O Setut propôs a prorrogação da convenção coletiva por dois anos, mantendo os atuais benefícios, mas a proposta foi rejeitada pela categoria. A greve segue por tempo indeterminado.

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