O Museu do Piauí - Casa de Odilon Nunes, no centro de Teresina, abriga o Espaço Afro, um ambiente que preserva e expõe a história e a cultura afro-brasileira. Com objetos impactantes, como instrumentos de suplício usados na Fazenda Serra Negra, em Aroazes (PI), durante o período escravocrata, o espaço tem atraído estudantes, pesquisadores e turistas de diversas regiões.
Entre os itens expostos estão troncos de madeira, um ferro de marcar escravizados com as iniciais “J.do. B.” do proprietário da fazenda, um chicote de ferro trançado e uma gargantilha com sino, usada para controlar fugas. Esses artefatos despertam curiosidade e provocam reflexão sobre o sofrimento imposto aos escravizados.
O historiador Gilvan Oliveira destaca que essas peças, embora não representem a cultura afro, são parte de uma história que precisa ser lembrada."É uma história que precisa ser conhecida e refletida por todos que visitam o museu, para que se tenha consciência do sofrimento vivido pelos escravizados no Piauí", explica Oliveira.
O espaço também exibe pinturas, fotografias e objetos que celebram a cultura afro-brasileira, além de homenagear Júlio Romão da Silva, escritor piauiense e pesquisador da temática afro. Há ainda referências a comunidades quilombolas como Olho d’Água dos Negros e Salinas.
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