Encerrado o primeiro jogo da final entre Flamengo e Nova Iguaçu, no início da noite deste sábado (30), a torcida rubro-negra no Maracanã gritou o nome de Gabigol. Ausente no estádio, o atacante foi lembrado quando vive o que talvez seja o pior momento da carreira, e depois de uma atuação de gala de Pedro, autor de dois gols na vitória por 3 a 0.

“Ah, é Gabigol! Ah, é Gabigol!”, gritaram os rubro-negros após a partida, a primeira final de Carioca em seis seguidas que não tem o atacante em ação pelo Fla.

  

   

Impedido de entrar no Maracanã devido à suspensão por tentativa de fraude em exame antidoping, Gabigol reagiu nas redes sociais. Foi breve, mas foi direto para o coração do rubro-negro.

“Nós. Por Nós. Pelos Nossos”, publicou o atacante no X (antigo Twitter), junto de uma foto da torcida do Flamengo em que aparece uma bandeira com seu rosto estampado.

A ovação a Gabigol é uma mostra do que o jogador simboliza para o Flamengo e os torcedores nos últimos seis anos. Herói de duas Libertadores do clube, o atacante não foi abandonado nem diante das últimas notícias sobre uma possível transferência para dois rivais de São Paulo.

Primeiro, para o Corinthians, negócio que não avançou e, segundo informações do Craque Neto, desistiu da contratação. Em seguida, surgiu a notícia do interesse do Palmeiras, que disputa ano a ano a hegemonia do futebol brasileiro justamente com o Flamengo.

Enquanto isso, na Gávea, a renovação de contrato com o Fla ainda não saiu. E as negociações podem emperrar ainda mais, com a suspensão imposta pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem.

Confiança na liberação

  

   

O Flamengo tenta um efeito suspensivo para Gabigol, e vai levar o caso ao CAS, em busca de recurso. Caso não consiga, o atacante só poderá voltar a atuar em abril de 2025.

O vice-presidente de Futebol do Flamengo, Marcos Braz, disse no Maracanã que o clima é de otimismo pela liberação do jogador. Para Braz, com quem, segundo rumores, Gabigol teve problemas de relacionamento, houve de fato um desentendimento do atleta com os profissionais responsáveis pela coleta da urina, e a alegada má vontade do artilheiro pode ter piorado a situação.

"A gente confia e muito na liberação dele", declarou Braz, que lembrou que Gabigol fez a coleta de sangue, portanto, conclui o dirigente, não estava planejando burlar o exame.

Quem também saiu em defesa de Gabigol foi Tite. O técnico do Flamengo afirmou que quer o atacante de volta ao elenco rapidamente.

“O que eu posso fazer agora é ser solidário a ele. Mandei mensagem a ele, a gente quer ele o mais rápido possível de volta, mas quer também que essa situação no aspecto jurídico e diretivo que ela seja resolvida”, disse.