Sexta, 21 de novembro de 2025, 13:40
Geral

Piauí celebra Dia da Consciência Negra com avanço histórico quilombola

Com 36 comunidades tituladas e mais de 10 mil pessoas alcançadas, Estado consolida o maior ciclo de regularização territorial já realizado

No Dia da Consciência Negra, o Governo do Piauí anuncia um dos maiores avanços já registrados na política de regularização fundiária quilombola. Ao todo, o estado já titulou 50 comunidades tradicionais, sendo 36 quilombolas número que destaca o impacto das ações desenvolvidas nos últimos anos.

Dessas titulações, 28 foram concluídas somente durante a gestão do governador Rafael Fonteles e do diretor-geral do Instituto de Regularização Fundiária e do Patrimônio Imobiliário do Estado (Interpi), Rodrigo Cavalcante. O resultado consolida o maior processo de reconhecimento territorial da história piauiense.


Foto: Gabriel Torres Desde 2023, 2.947 famílias foram contempladas, sendo 2.271 apenas na atual administração, alcançando mais de 10 mil pessoas. A medida assegura permanência nos territórios, segurança jurídica e ampliação do acesso a políticas públicas essenciais.

Para o governador Rafael Fonteles, o avanço representa um gesto concreto de reparação histórica. Ele afirma que os títulos entregues garantem estabilidade e preservação das tradições das famílias quilombolas. 

“Ele traz segurança aos moradores atuais e às gerações futuras, que poderão viver com tranquilidade e paz, de forma que possam manter a sua cultura, produção e renda, além de viver como gostam e no lugar que amam. Esse título é o mínimo a ser feito em razão da dívida histórica que temos com o povo negro do Piauí”, argumenta o governador.

Foto: Gabriel Torres Entre os beneficiados, o sentimento é de conquista após décadas de resistência. Marciano Pereira de Oliveira, da comunidade quilombola Cepisa, relembra a longa caminhada até a regularização.

“É um momento de muita alegria. A gente vinha lutando por esse título. A gente saiu de uma fazenda em 1975. Desde então, a gente está nesse território, mas sem regularização, e sofríamos muito para acessar políticas públicas. Mas, graças à nossa luta e à de várias lideranças, a gente conseguiu, por meio do Interpi, essa regularização”, celebra o beneficiado.

Foto: Gabriel TorresO avanço na regularização fundiária se soma a iniciativas de valorização da memória e da cultura negra no estado, como a recente reforma e modernização do Memorial Esperança Garcia espaço simbólico de resistência, identidade e educação.

Neste 20 de novembro, o Interpi reforça que território, memória e identidade continuam sendo bases fundamentais para a construção de um Piauí mais inclusivo, plural e comprometido com a ancestralidade das comunidades quilombolas que moldam a história do estado.

Veja Também

Dê sua opinião: