Até o momento foram cumpridos nove mandados em Teresina e dois na cidade de Oeiras no sul do estado. Nesta terça-feira (30), a Polícia Federal, com o apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou a Operação Conectados. Com 40 agentes da PF e quatro auditores da CGU.
Dentre outras suspeitas, a investigação revelou simulação de competição em licitações, em razão de uma fraude entre empresas e superfaturamento, resultando no sequestro de mais de R$ 2 milhões. Um servidor público de Oeiras também é suspeito de envolvimento nas fraudes. O empresário líder da empresa investigada é suspeito de atuar como laranja. Além disso, foram encontradas ligações dele com uma empresa de contabilidade em Teresina, cujo sócio é um vereador da capital, também suspeito de participação nas fraudes.
De acordo com as investigações, a empresa suspeita onde foi apreendido o valor de R$ 1,6 milhão é um escritório de contabilidade pública localizado no bairro jóquei, na zona Leste de Teresina. Entre os sócios, está um vereador de Teresina, que responde como diretor geral da empresa. A operação teve o objetivo de combater desvios de recursos públicos federais destinados à saúde, educação e assistência social repassados a municípios do estado do Piauí. As verbas desviadas eram provenientes do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb, do Fundo Nacional de Saúde – FNS e do Fundo Municipal de Assistência Social – FMAS.
A operação busca interromper as práticas criminosas, reunir provas, identificar outros envolvidos e recuperar bens adquiridos com os recursos desviados. A investigação começou com um relatório da CGU apontando indícios de fraude em benefício de uma empresa recentemente constituída, mas já vencedora de diversas licitações em municípios piauienses.
O inquérito policial apura o crime de frustração do caráter competitivo de licitação, além de outros que podem surgir durante a investigação.
Fonte: Ministério da Justiça e Segurança Pública
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