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Polícia

PF desmantela esquema de diplomas universitários falsos e prende suspeito

Operação Código 451 identificou grupo que vendia documentos fraudulentos pela internet; um homem foi preso com arma adulterada em Colônia do Gurgueia

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), a Operação Código 451, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa responsável por falsificar e comercializar diplomas de ensino superior. Um homem foi preso em flagrante no município de Colônia do Gurgueia, no sul do Piauí, por posse de arma de fogo modificada.

Segundo informações da PF, os documentos falsificados estavam sendo usados para obtenção de registros profissionais em conselhos de classe, permitindo o exercício ilegal de atividades como medicina, engenharia, direito e educação física.


Foto: Polícia Federal

Ao todo, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em 11 estados, incluindo o Piauí. Durante as diligências em Colônia do Gurgueia, os agentes encontraram uma arma de pressão adaptada para arma de fogo, resultando na prisão do suspeito.

As investigações tiveram início após a tentativa de registro profissional com um diploma universitário falso. A partir disso, a PF descobriu um site hospedado em uma plataforma pública, com aparência similar à de órgãos oficiais de consulta de diplomas. A página foi retirada do ar por determinação judicial.

A Polícia Federal já identificou ao menos 33 diplomas vinculados ao site fraudulento, que era utilizado para comercializar os documentos por meio de redes sociais e aplicativos de mensagens. A suspeita é de que o grupo criminoso atuava com uma estrutura organizada, com funções divididas entre quem produzia, vendia e utilizava os diplomas.

Há também indícios de crimes como lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Pelo menos oito pessoas obtiveram registros ativos em conselhos profissionais com base em diplomas falsificados. Os órgãos de classe já foram notificados e devem tomar as devidas medidas administrativas e disciplinares.

Os investigados poderão ser responsabilizados por crimes como falsificação de documento público, uso de documento falso, estelionato, exercício ilegal da profissão, receptação, entre outros que forem identificados no decorrer do inquérito.

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