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Política

TRE-PI mantém prisão preventiva da vereadora Tatiana Medeiros

Prevaleceu o entendimento da maioria dos magistrados de que a manutenção da prisão é necessária

O Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) decidiu, por 5 votos a 2, rejeitar o pedido de habeas corpus criminal apresentado pela defesa da vereadora Tatiana Medeiros. Com a decisão, a parlamentar seguirá em prisão preventiva, conforme determinação anterior do juiz Luís Henrique Moreira Rego, do Núcleo de Juízes Eleitorais de Garantias do TRE-PI.

A defesa foi feita pelo advogado Samuel Castelo Branco Santos, que argumentou que as mensagens apagadas do celular da vereadora, apontadas como possíveis obstáculos à investigação, se referiam apenas a uma briga com o namorado, Alandilson, preso por envolvimento com a facção criminosa “Bonde dos 40”. O advogado também negou que Tatiana representasse risco à investigação ou que pudesse intimidar testemunhas.

Foto: Reprodução Transmissão Oficial TRE-PI

Apesar da argumentação, prevaleceu o entendimento da maioria dos magistrados de que a manutenção da prisão é necessária para o andamento das investigações.

Votaram contra o habeas corpus o presidente do TRE-PI, desembargador Sebastião Martins, o vice-presidente e corregedor Ricardo Gentil, o juiz federal Nazareno Reis, a juíza Maria Luiza de Moura e o juiz Edson Alves. Apenas o relator do processo, juiz José Maria de Araújo Costa, e o juiz Daniel de Sousa Alves votaram a favor da concessão do HC.

Durante a sessão, o desembargador Ricardo Gentil criticou duramente a possibilidade de soltura da vereadora. Segundo ele, colocar Tatiana em liberdade seria “fechar os olhos” para a gravidade das ações investigadas.

“Não tem a menor condição de seguir esse voto, senhor presidente. Nós estaríamos dando um atestado de que essas ações devem continuar, porque vamos fechar os olhos para ela. Não é assim que a coisa funciona. Jamais, em tempo algum, eu me dobrarei a essas situações. Entendo que a prisão ainda se faz necessária, pois as investigações ainda estão sendo concluídas”, afirmou Gentil.

A decisão mantém Tatiana Medeiros detida preventivamente enquanto as investigações sobre seu possível envolvimento com o crime organizado seguem em curso.

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