Teresina deve receber cerca de R$ 3,6 bilhões em investimentos para a expansão do metrô e o fortalecimento da rede de transporte público até o ano de 2054. O anúncio foi feito pelo Ministério das Cidades em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), dentro do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU).

O levantamento definiu intervenções estratégicas, como a ampliação da Linha 1 do Metrô de Teresina, que deverá se estender da Zona Sudeste até o município de Timon, no Maranhão. Além disso, o plano prevê a inclusão de dois quilômetros adicionais ao metrô e a implantação de 29 quilômetros de novos modais, como Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) e corredores de ônibus de trânsito rápido (BRT). A definição final da tecnologia será feita após análises mais detalhadas de viabilidade e modelagem dos projetos.

Foto: Divulgação De acordo com o Ministério das Cidades e o BNDES, a execução dessas obras deve reduzir significativamente o tempo médio de deslocamento na capital, com impacto econômico estimado em R$ 1,2 bilhão. O plano também projeta a diminuição de cerca de 90 mortes em acidentes de trânsito até 2054 e a redução anual de 27,5 mil toneladas de emissões de gás carbônico (CO²). Outro benefício esperado é a queda de aproximadamente 16% no custo operacional por viagem.

O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que os investimentos em transporte coletivo sustentável representam um avanço na qualidade de vida urbana. Ele ressaltou que o fortalecimento do transporte limpo contribui para tornar as cidades mais resilientes, com menos poluição e deslocamentos mais rápidos e seguros.

O Estudo Nacional de Mobilidade Urbana definiu 187 projetos voltados para a ampliação das redes de transporte público nas 21 maiores regiões metropolitanas do país. No total, estão previstos R$ 430 bilhões em investimentos, sendo R$ 230 bilhões destinados aos metrôs, R$ 31 bilhões aos trens, até R$ 105 bilhões aos veículos leves sobre trilhos (VLT), R$ 80 bilhões aos corredores de ônibus de trânsito rápido (BRT) e R$ 3,4 bilhões a corredores exclusivos de ônibus.