Uma operação de fiscalização realizada nesta sexta-feira (04) em Teresina, no Piauí, teve como objetivo combater fraudes em postos de combustíveis. A ação foi conduzida pelo Procon, em parceria com o Imetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia) e o Imepi (Instituto de Metrologia do Estado do Piauí). A principal meta da operação foi verificar irregularidades nas bombas de combustível, que fazem o abastecimento de veículos.

Durante a fiscalização, os técnicos descobriram que, em alguns postos, as bombas estavam registrando 20 litros de combustível, mas o abastecimento real era de apenas 18 litros. Júnior Macedo, diretor do Imepi, explicou que os postos fiscalizados foram denunciados pelos próprios consumidores. "Encontramos bombas com medidas abaixo do normal, o que configura uma infração e prejudica o consumidor. Também encontramos indícios de fraude eletrônica, o que pode resultar em multa de até R$ 1,5 milhão", destacou Macedo. Ele ainda ressaltou que essa prática é especialmente prejudicial para motoristas de aplicativo, que dependem do abastecimento correto para o seu trabalho.

O delegado Matheus Zanatta, da Superintendência de Operações Integradas (SOI), afirmou que os donos de postos com irregularidades poderão ser processados por fraude eletrônica. "Vamos aguardar a conclusão da perícia e o relatório de fiscalização para determinar quais postos infringiram a lei", afirmou Zanatta.

A operação faz parte do Programa Nacional de Combate à Fraude Eletrônica (Profae), criado pelo Inmetro para combater fraudes em bombas medidoras. O presidente do Inmetro, Márcio André, explicou que, devido ao aumento das fraudes eletrônicas no Piauí, equipes especializadas foram enviadas ao estado para dar suporte às fiscalizações locais. "Nosso objetivo é coibir ações que prejudiquem os consumidores no estado", afirmou Maycon Danilo, diretor de Inovação e Planejamento do Inmetro Nacional.