O candidato à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Piauí (OAB-PI), Raimundo Júnior, participou de uma sabatina no Telejornal Boa Tarde Piauí, da TV Band. Durante vinte minutos, o representante da chapa 10, que tem Raylena Alencar como candidata a vice-presidenta, apresentou propostas e questionou a transparência da instituição.
O advogado participou da eleição de 2020, que reelegeu Celso Barros como presidente da OAB. Raimundo Júnior nasceu no município de Guadalupe e veio à capital para estudar e realizar o curso de Direito na Universidade Federal do Piauí (UFPI). Segundo o candidato, a paixão pela advocacia o motivou a concorrer novamente à presidência.
"Chegou o momento de servir à nossa classe, pois entendo que é uma missão importante, no momento em que temos muitas dificuldades de representatividade, respeito, protagonismo e de avanços importantes em diversas áreas da OAB-PI. Quero devolver à advocacia tudo o que ela me proporcionou", disse.
Foto: Band PiauíDESAFIOS
Ao longo da sabatina, Raimundo Júnior apontou os principais desafios enfrentados pela advocacia piauiense. Dentre os quais, a violação de prerrogativas e a criminalização da advocacia.
"Não há mais como sermos omissos em relação a essas questões. Nesse sentido, pretendemos enfrentar essa batalha de forma objetiva e forte, a fim de devolver a dignidade e o respeito à classe", pontuou.
O candidato também mencionou a morosidade processual como fator que afeta diretamente o mercado de trabalho, principalmente aos jovens advogados.
"Isso dificulta a concorrência, a igualdade de oportunidades e a própria manutenção da advocacia. A atual gestão da OAB falhou nesse aspecto, visto que 35% dos profissionais exercem a advocacia como atividade secundária, conforme o Censo do Conselho Federal da Ordem no ano passado", revelou.
O representante da chapa 10 também mencionou que vai lançar o Núcleo de Monitoramento da Celeridade Processual, com o uso de inteligência artificial.
"Precisamos revolucionar a OAB, que é muito analógica e não acompanhou as transformações sociais e tecnológicas. Temos de avançar nisso, para exigirmos dos Poderes a mensuração para combater a morosidade processual.", frisou.
TRANSPARÊNCIA
Raimundo Júnior apontou que a OAB-PI não é transparente quanto à aplicação dos recursos obtidos pelo pagamento de anuidades, pontuando que no portal da transparência da instituição, não se encontra informações sobre receitas e despesas.
"Quem entrar no site da instituição, não vai encontrar as receitas e despesas dos últimos seis anos. A transparência é um dos pontos que mais prejudica da OAB e este será um dos pilares da minha gestão, se eu for eleito. Teremos um site onde todos vão poder acompanhar as receitas e despesas", finalizou. Confira a entrevista completa:
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