Um desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí e três advogados são alvos de uma operação da Polícia Federal na manhã desta quinta-feira (2), que investiga crimes de grilagem de terras no cerrado piauiense e a venda de decisões judiciais. Os nomes dos investigados não foram divulgados.
Agentes da PF estiveram no gabinete do desembargador José James Gomes Pereira, na sede do Tribunal de Justiça, cumprindo mandados de busca e apreensão autorizados pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça, Sebastião Reis Júnior. Segundo o TJ-PI, todas as medidas determinadas pelo STJ estão sendo rigorosamente cumpridas e os serviços do tribunal seguem funcionando normalmente.
Foto: DivulgaçãoA operação também abrangeu residências e escritórios do desembargador e dos advogados em Teresina e em outros estados. Entre os alvos, está a filha do desembargador, que atua como advogada.
Trata-se da mesma investigação iniciada em agosto deste ano pela Polícia Civil do Piauí, que recebeu denúncias de dois advogados especializados em direito agrário, acusados de produzir dossiês falsos para intimidar desembargadores do TJ-PI. Em depoimento à Polícia Civil, um desembargador relatou que um dos advogados chegou a deixar um dossiê em sua mesa, em uma tentativa de coação, na véspera de julgar uma apelação em que o advogado era parte.
Em nota, a Polícia Federal informou que não vai conceder entrevistas devido ao segredo de justiça que envolve o caso. O Tribunal de Justiça do Piauí afirmou que acompanha a operação e mantém sua atuação com transparência e respeito às instituições. Desembargador e advogados são alvos da PF por grilagem no Piauí
Nota do TJ/PI
O Poder Judiciário do Piauí informa que recebeu comunicação oficial acerca da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), proferida pelo Ministro Sebastião Reis Júnior, que aplicou medidas cautelares a membro desta Corte.
O Tribunal de Justiça do Piauí, em seu compromisso com a legalidade, transparência e respeito às instituições assegurou o cumprimento de todas as medidas.
Os serviços judiciários não serão afetados e o TJPI segue na missão constitucional de garantir o pleno acesso à Justiça e a confiança da sociedade piauiense em suas instituições.
Dê sua opinião: