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Segurança

Feminicídios crescem 32% no Piauí; 87% das vítimas não registraram B.O

Os dados são do Núcleo de Estudos Avançados em Segurança Pública (DATASSP) e foram apresentados durante uma reunião estratégica nesta terça-feira (1º)

O Piauí registrou 56 casos de feminicídio em 2024, um aumento de 32% em relação ao ano anterior. Além disso, 87,85% das vítimas não haviam registrado boletim de ocorrência antes do crime. Os dados são do Núcleo de Estudos Avançados em Segurança Pública (DATASSP) e foram apresentados durante uma reunião estratégica nesta terça-feira (1º).

O levantamento aponta que, a cada 100 mulheres vítimas de feminicídio, apenas 10 possuíam medida protetiva. Além disso, 73% dos crimes ocorreram dentro da residência da vítima e 68% foram cometidos pelo companheiro ou ex-companheiro.

Entre os anos de 2022 e 2025, o Piauí contabilizou 182 casos de feminicídio. Em 2025, até março, já foram confirmados 18 casos. Segundo o DATASSP, os números indicam uma tendência de crescimento, reforçando que muitas mulheres não denunciam a violência por medo, dependência financeira, falta de informação ou descrença na efetividade das medidas de proteção.


Foto: Reprodução ISock 
O delegado João Marcelo destacou a necessidade de integração de dados entre a Secretaria de Segurança Pública, a Defensoria Pública e outros órgãos para fortalecer a prevenção de novos casos.

“A ideia é fortalecer, através de inteligência e dados confiáveis, a atuação da Secretaria frente aos outros órgãos de proteção no estado. Precisamos garantir que essas mulheres tenham acesso rápido e eficaz às medidas de proteção e que os casos de violência sejam prevenidos antes de culminarem em tragédias irreversíveis”, ressaltou.

Durante a reunião, também foi debatida a ampliação das políticas públicas de proteção, incluindo o monitoramento eletrônico de agressores, o aumento da fiscalização de medidas protetivas e o fortalecimento das delegacias especializadas.

“Precisamos intensificar o compromisso de conscientização e aprimorar o sistema de monitoramento, para que mais mulheres em situação de risco consigam denunciar e evitar que a violência chegue ao extremo do feminicídio”, finalizou o delegado.

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