Um caso emblemático marcou a atuação do projeto Elas na Defesa, no último dia 3 de julho, no município de União, no Piauí. Após quase duas décadas de espera, um réu foi absolvido por legítima defesa graças à atuação de um grupo de advogadas criminalistas que compõem a iniciativa exclusivamente feminina.
Formado por Camila Ferreira, Conceição Oliveira, Kananda Santos, Nathália Freitas e Taline Prado, o projeto nasceu do propósito comum dessas profissionais em dedicar parte de sua atuação a causas que envolvem mais do que processos judiciais — envolvem histórias de vidas marcadas por falhas do sistema e pela morosidade da Justiça.
Foto: Reprodução O Elas na Defesa se concentra em casos do Tribunal do Júri onde é possível identificar omissões ou distorções processuais que precisam ser corrigidas. A proposta é: atuar com estratégia, empatia e coragem em nome da justiça.
No caso mais recente, o grupo assumiu a defesa de um réu que aguardava julgamento há 19 anos. A atuação da equipe conseguiu demonstrar de forma contundente que o acusado agiu em legítima defesa, levando o Conselho de Sentença à absolvição por unanimidade.
Além do êxito jurídico, a vitória representa um símbolo do que o projeto defende: a transformação da Justiça por meio da presença feminina qualificada e comprometida. Para as advogadas, a atuação da mulher no júri traz não apenas domínio técnico, mas também escuta, sensibilidade e firmeza.
“Justiça não se faz com pressa, mas com verdade”, afirmam as integrantes do projeto, que já se preparam para novos casos.
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