Após reunião com a bancada federal do PT, o governador do Piauí, Rafael Fonteles, confirmou os nomes que receberão seu apoio ao Senado: o atual senador Marcelo Castro (MDB) e o deputado federal Júlio César (PSD). A definição consolida a estratégia de aliança do governo com os dois partidos que já possuem protagonismo na política estadual. Já sobre o vice, Fonteles apontou que tem interesse em indicar o nome, que deve ser uma escolha pessoal do governador.
O deputado estadual e líder do governo na Alepi, Dr. Vinícius, ressaltou a importância do diálogo com os partidos que integram a base, mas deixa claro que o PT busca ampliar seu espaço na estrutura do governo.
“Não houve tratativa de vice com o Partido dos Trabalhadores nem com o conjunto de forças que o compõem. A fala do governador, quando for definida, tem que ser pública e direcionada ao partido também”, declarou Dr. Vinícius.Deputado Dr. Vinicius. Foto: redes sociaisEmbora nomes estejam sendo especulados, a definição final só deve acontecer após uma rodada de conversas com os principais líderes do MDB, como o vice-governador Temístocles Filho e o senador Marcelo Castro.
A permanência de Temístocles como vice na chapa da reeleição de Rafael é cada vez mais incerta. Nos bastidores, já se dá como improvável a recondução do emedebista ao cargo, o que acende o alerta no MDB. O presidente da Assembleia Legislativa, Severo Eulálio (MDB), afirmou que o partido segue defendendo a manutenção da vice-governadoria, além da vaga no Senado.
“A defesa do MDB continua: queremos manter a vaga de senador e a vice. Claro que o entendimento pode acontecer antes das convenções, mas a decisão final virá só lá”, pontuou.
Severo Eulálio. Foto: redes sociais.A movimentação também reflete a disputa silenciosa entre os partidos da base aliada por espaços estratégicos. O PSD, além da vaga de senador, já ocupa cadeiras na Câmara e na Assembleia Legislativa. O PT, por sua vez, pleiteia uma participação mais robusta na chapa majoritária, possivelmente indicando o nome para a vice.
Mesmo com as definições no Senado encaminhadas, a escolha do nome que ocupará a vice-governadoria ainda depende de um fator crucial: a decisão pessoal do governador Rafael Fonteles, que já sinalizou internamente que fará uma escolha com base em critérios próprios, o que pode alterar os arranjos tradicionais da aliança. Enquanto isso, os partidos seguem em estado de alerta, aguardando os próximos passos do chefe do Executivo estadual.
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