Na manhã desta quarta-feira (30), a sessão na Câmara Municipal de Teresina foi marcada por um episódio de tensão entre os vereadores Teresinha Medeiros (MDB) e Fernando Lima (PDT), após um desentendimento envolvendo o uso de uma vaga no estacionamento da Casa.

A vereadora relatou no plenário que estacionou, por engano, em uma vaga destinada ao colega. Pouco depois, ao tentar sair do local, encontrou o carro bloqueado por outro veículo. Teresinha permaneceu no estacionamento por cerca de uma hora, aguardando a liberação do espaço, e levou o caso à tribuna durante a sessão ordinária.

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Segundo ela, o trancamento do carro teria sido uma reação direta de Fernando Lima. Durante o discurso, a parlamentar demonstrou indignação com o ocorrido e afirmou que foi impedida de cumprir compromissos previamente marcados.

"Por acaso eu errei o número dos estacionamentos e estacionei na vaga de um vereador. E esse vereador, propositalmente, mandou o funcionário dele me trancar. E eu passei uma hora, estava com médico marcado, eu tinha outros compromissos, e ele olhou para mim, no telefone, e disse: ‘Eu vou dizer para o meu motorista que vá deixar meu filho em casa primeiro, para a senhora ficar aí’. Gente, isso é vergonhoso. Eu estou envergonhada da postura desse cidadão", disse a parlamentar.

Em seguida, Fernando Lima também se pronunciou. O vereador afirmou que não houve má intenção e justificou que no momento do incidente estava sem motorista. Afirmou ainda que havia deixado a chave com o funcionário, que saiu para buscar sua filha na escola. Quando foi informado da situação, optou por manter o trajeto até em casa com a criança antes de retornar à Câmara.

"Cheguei nesta Casa quase em cima da hora da sessão, que começou às 8h30. Havia outro carro na minha vaga. Eu não estava com motorista, estacionei apressado, deixei a chave com ele e fui para a sessão. Mais tarde, por volta das 11h35, a vereadora quis sair. Eu estava na presidência e meu motorista havia saído para pegar minha filha no colégio. Ele levou a chave do meu carro. A vereadora passou, me chamou de 'moleque' na frente de testemunhas. Diante disso, mandei o motorista deixar minha filha em casa e voltar depois. Alice tem prioridade na minha vida. Ela estava dormindo dentro do carro. A vereadora quis levar o caso para a tribuna e transformar em pauta de gênero, mas não houve desrespeito de minha parte", pontuou Fernando Lima.