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Cidades

Piauí tem a menor desigualdade salarial entre homens e mulheres

Relatório do Ministério do Trabalho mostra que, apesar de avanços, mulheres ainda recebem em média 21,2% a menos que os homens no Brasil

O Piauí é o estado brasileiro com a menor diferença salarial entre homens e mulheres, segundo o 4º Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios divulgado nesta segunda-feira (3), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O levantamento analisou dados de 54 mil empresas com mais de 100 funcionários em todo o país.

De acordo com o relatório, as mulheres ainda recebem, em média, 21,2% a menos que os homens em termos de remuneração. A pesquisa apontou que os estados com as maiores desigualdades salariais são Paraná (28,5%), Rio de Janeiro (28,5%), Santa Catarina (27,9%), Mato Grosso (27,9%) e Espírito Santo (26,9%). Já os menores índices foram registrados no Piauí (7,2%), Amapá (8,9%), Acre (9,1%), Distrito Federal (9,3%), Pernambuco (10,4%) e Ceará (9,9%).


Foto: Reprodução O estudo considerou 9,4 milhões de vínculos trabalhistas informados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS), entre o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025. As mulheres representam 41,1% desses vínculos, enquanto os homens correspondem a 58,9%. A remuneração média feminina foi de R$ 3.908,76, enquanto a masculina atingiu R$ 4.958,43.

O Ministério do Trabalho reforça que as empresas precisam avançar na adoção de planos e ações que promovam a igualdade salarial, acelerando o processo de equiparação entre gêneros. Entre os principais fatores que explicam as diferenças de remuneração estão o tempo de experiência, metas de produção e políticas internas de cargos e salários.

O levantamento também indica um leve aumento no salário contratual mediano das mulheres que atuam em funções administrativas (1,5%), operacionais (2,1%) e técnicas de nível médio (0,9%).

A pesquisa tem como base a Lei de Transparência Salarial, sancionada em julho de 2023, que determina a igualdade de critérios remuneratórios entre homens e mulheres. A norma obriga empresas com mais de 100 empregados a implementar mecanismos de fiscalização, transparência salarial e canais seguros para denúncias de discriminação.

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