O artesanato piauiense provou seu potencial econômico e cultural na 7ª edição da Feira Nacional de Artesanato e Cultura (Fenacce), realizada no Centro de Eventos do Ceará, em Fortaleza. Ao todo, foram comercializadas 475 peças, movimentando R$ 61.778,80, consolidando o setor como um importante motor de geração de renda, valorização cultural e desenvolvimento social.

O Piauí apresentou ao público da Fenacce tipologias tradicionais, como a opala, os bordados e os traçados. A joia de opala se destacou, conquistando visitantes e representando a maior parte das vendas, evidenciando a singularidade da pedra extraída do solo piauiense.

Foto: AscomA participação dos artesãos contou com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), por meio da Superintendência de Desenvolvimento do Artesanato Piauiense (Sudarpi), que lançou edital de chamamento para selecionar os participantes. A iniciativa reforça o compromisso do governo estadual em promover e valorizar o setor.

Para Elizabete Mendes, artesã que trabalha com joias de opala, participar da Fenacce é uma experiência enriquecedora. “Agradeço à Sudarpi por abrir esse espaço e reconhecer o valor do nosso trabalho como artesãos. A Fenacce representa muito para nós, porque é o momento em que podemos mostrar a qualidade e a beleza do nosso trabalho para pessoas de diferentes lugares”, afirma.

Foto: AscomO superintendente da Sudarpi, Ícaro Machado, destacou a importância econômica e social do setor: “O artesanato não é apenas cultura, é também economia. Esses números mostram que o talento dos nossos artesãos pode e deve ser visto como uma atividade produtiva de grande impacto social. O Piauí tem tradição, qualidade e identidade próprias, e eventos como a Fenacce nos permitem expandir mercados, gerar renda e levar a nossa cultura para todo o Brasil”.

Além das vendas, a feira possibilitou networking com lojistas, colecionadores, investidores e turistas, abrindo portas para novas parcerias e ampliando a visibilidade do artesanato piauiense em nível nacional.

Foto: AscomO artesão Evandro Pereira, com mais de 20 anos de experiência, ressaltou a relevância do evento: “Quero agradecer à gestão da Sudarpi por essa oportunidade. Durante muito tempo, o artesanato não teve o reconhecimento que merecia e hoje vemos portas se abrindo. Eventos como este mostram que estamos no caminho certo, em uma verdadeira via de mão dupla entre artesãos e poder público”, concluiu.