O deputado estadual Francisco Lima (PT) se manifestou nesta terça-feira (11) sobre a possível perda de representatividade do Piauí nos parlamentos estadual e federal, caso a proposta de redistribuição de cadeiras, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), avance sem alterações no Senado. A medida tem como base os dados do Censo Demográfico de 2022, realizado pelo IBGE.
De acordo com os novos critérios, o Piauí poderá perder seis vagas na Assembleia Legislativa e duas cadeiras na Câmara dos Deputados, o que representa um impacto significativo na representatividade política do estado.
Após reunião em Brasília com lideranças do Congresso Nacional, Francisco Lima avaliou o momento como positivo, destacando a postura do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que teria demonstrado “simpatia pela causa” e compreendido que a solução aprovada pela Câmara dos Deputados traz menos prejuízos, especialmente para os estados do Nordeste.
Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal“O presidente do Senado demonstrou interesse, simpatia pela causa, acha que a solução que a Câmara dos Deputados encontrou é plausível, com menor estrago para os estados e, sobretudo, para o Nordeste. Se continuar como está, os estados nordestinos serão os mais prejudicados”, afirmou Lima.
O parlamentar defendeu ainda que a proposta em debate no Senado — que estabelece um número mínimo de cadeiras — representa um esforço para preservar o pacto federativo e evitar a concentração de poder político em estados mais populosos.
“Temos que apresentar essa discussão à sociedade como uma pauta que fortalece o federalismo. Acreditamos que até o fim do mês o tema será votado no Senado, respeitando o prazo definido pelo STF. Estamos otimistas”, declarou.
Francisco Lima. Foto: AlepiA readequação do número de parlamentares é uma exigência do STF, com base no princípio da proporcionalidade populacional. O objetivo é garantir uma distribuição mais justa das representações legislativas em todos os níveis.
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