O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso pela Polícia Federal no dia 22 de novembro de 2025, em Brasília, após o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, converter a prisão domiciliar em prisão preventiva. A decisão foi tomada depois de novos indícios de descumprimento das medidas impostas pelo Tribunal, como a manipulação da tornozeleira eletrônica.
Segundo o entendimento do ministro, a soma dos episódios recentes mostrava risco de fuga e intenção de dificultar a fiscalização da Justiça. Também pesou o fato de aliados terem convocado uma vigília nas proximidades da residência do ex-presidente, o que, para o STF, poderia criar condições favoráveis para tumulto ou tentativa de evasão.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência BrasilNo dia seguinte, 23 de novembro, Bolsonaro participou de audiência de custódia por videoconferência. Na ocasião, relatou que mexeu na tornozeleira porque estaria vivendo um quadro de confusão e ansiedade, que atribuiu ao uso combinado de diferentes medicamentos prescritos por médicos distintos. Ele afirmou ainda que não rompeu o equipamento nem tinha a intenção de fugir.
A respeito da mobilização de apoiadores próximos à sua casa, Bolsonaro afirmou à juíza que o grupo se encontrava a uma distância considerável e que, por isso, não havia risco de aglomeração capaz de facilitar qualquer ruptura das medidas judiciais.
A juíza Luciana Yuki Fugishita Sorrentino homologou a prisão preventiva ao final da audiência. Ela concluiu que os agentes da PF agiram dentro da legalidade, sem excessos, e que as justificativas apresentadas pelo ex-presidente não afastavam o risco apontado pelo STF. Com a decisão, Bolsonaro seguirá detido enquanto o Supremo analisa os próximos pedidos da defesa.
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