Na arte de cozinhar, há um momento sutil e decisivo: aquele em que o prato é finalizado e apresentado ao comensal. É nessa hora que o empratamento entra em cena — não apenas como acabamento, mas como parte fundamental da experiência gastronômica.
A estética do prato tem papel essencial na construção da percepção do sabor. Afinal, o visual desperta emoções, abre o apetite e antecipa expectativas. Pratos bem apresentados não apenas encantam, mas comunicam intencionalidade, técnica e cuidado.
Em tempos de redes sociais, a força da imagem é ainda mais potente. Um prato bonito e bem composto ganha protagonismo nas telas, nas lentes dos celulares e no imaginário coletivo. Ser “instagramável” virou atributo de valor. Mas aqui cabe um alerta importante: a beleza não pode sobrepor o sabor.
Um bom empratamento precisa equilibrar função e forma. Não basta ser bonito — precisa ser comestível, harmonioso, respeitar temperatura, proporção e textura. O prato deve conduzir o olhar com fluidez, valorizar ingredientes, realçar cores naturais e convidar à experiência plena.
Foto:Amandha Silveira
A estética gastronômica é uma linguagem silenciosa, mas poderosa. Ela conta histórias, imprime identidade e deixa marcas afetivas. Por isso, aprender a empratar vai muito além de empilhar elementos ou usar moldes bonitos — trata-se de desenvolver olhar crítico, sensibilidade e propósito.
E é com essa proposta que conduzo o curso Design Gastronômico e Empratamento, no laboratório de gastronomia da Unifacid. Quer ver essa teoria ganhando forma no prato? Acompanhe as imagens e bastidores do curso no meu Instagram: @amandhassilveira.
Afinal, na cozinha, cada detalhe comunica — e o prato é a assinatura visual de quem cozinha.
Por Amandha Silveira – Chef de Cozinha e colunista de gastronomia
Instagram: @amandhassilveira | www.amandhasilveira.com.br
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