Em 12 anos, o número de pessoas que vivem sozinhas no Piauí mais que dobrou, refletindo mudanças profundas no perfil demográfico e social do estado. Dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelam que, em 2012, cerca de 84 mil piauienses moravam sozinhos. Já em 2024, esse número saltou para 191 mil pessoas, o que corresponde a 5,6% da população do estado.

O levantamento também traça o perfil das pessoas que vivem só. Dos 191 mil piauienses nessa condição, 115 mil são homens (60,2%) e 76 mil são mulheres (39,8%). A maioria está na faixa etária de 30 a 59 anos, representando 49,7% do total (95 mil pessoas). Jovens entre 15 e 29 anos somam cerca de 23 mil (12%), enquanto idosos com 60 anos ou mais representam 38,3% (74 mil pessoas).

No entanto, ao se analisar a proporção de pessoas que vivem sozinhas dentro de cada faixa etária, os idosos são os que mais se destacam: 14,4% da população piauiense com 60 anos ou mais moram sozinhos, segundo nota técnica divulgada pelo IBGE.

Em 2012, o Brasil registrava 7,4 milhões de pessoas vivendo sozinhas, o equivalente a 3,7% da população. Em 2024, esse número quase dobrou, alcançando 14,3 milhões de pessoas.

Crescimento populacional desacelera no Piauí

O IBGE estima que a população do estado em 2024 seja de 3.375.646 habitantes. Em 2023, o instituto manteve a estimativa do Censo de 2022, com 3.271.199 habitantes, sendo que o Censo Demográfico de fato contabilizou 3.269.200 pessoas.

Entre 2012 e 2024, a população do Piauí cresceu cerca de 5%, passando de 3,21 milhões para 3,37 milhões de pessoas um acréscimo de aproximadamente 163 mil habitantes.

No entanto, esse crescimento tem perdido força. De 2023 para 2024, o estado ganhou cerca de 9,7 mil novos habitantes, número inferior aos 15 mil registrados anualmente no período de 2019 a 2020, antes da pandemia.