O viaduto da Avenida Miguel Rosa, na zona Sul de Teresina, foi liberado para o tráfego no fim da tarde deste domingo (21), após passar por uma intervenção emergencial para correção de um desnível no asfalto. A via havia sido interditada durante o dia para aplicação de uma nova camada de pavimentação no trecho onde um bloco de concreto se desprendeu na última quarta-feira (17).
De acordo com o Departamento de Estradas de Rodagem do Piauí (DER-PI), a obra corrigiu um desnível de aproximadamente 13 centímetros identificado durante vistoria técnica realizada pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Piauí (Crea-PI). A interdição havia sido recomendada pelo órgão como medida preventiva para evitar acidentes.
Foto: DivulgaçãoAinda segundo o DER-PI, ao longo da semana será realizada a revitalização de todo o viaduto, com cerca de 250 metros de extensão, incluindo a aplicação de nova camada de asfalto, reforço da sinalização viária e intervenções nas paredes de contenção.
As inspeções técnicas conduzidas pelo órgão indicaram que a laje, as vigas e os pilares do elevado estão em boas condições estruturais. Mesmo assim, foram contratados estudos complementares de geotecnia e lajeamento para avaliar o comportamento do solo e garantir a segurança da estrutura.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia informou que a queda do bloco de concreto pode ter sido provocada por um acidente de trânsito ocorrido na extremidade do viaduto que liga a zona Sul ao Centro, no acesso à BR-316. A avaliação técnica apontou que o impacto, somado ao desnível existente, pode ter causado a compressão do elemento estrutural que acabou se desprendendo.
A vistoria também identificou a existência de outra peça de grande porte, com cerca de uma tonelada, apresentando afastamento maior em outro ponto do elevado. No entanto, segundo o conselho, não há risco de colapso ou desabamento da estrutura, mas apenas a necessidade de atenção a componentes específicos.
Histórico da obra
A primeira etapa do viaduto da Miguel Rosa foi concluída em 2017, após cerca de três anos de obras, com investimento aproximado de R$ 24 milhões. O elevado possui 320 metros de extensão e quatro faixas de rolamento.
Em 2019, menos de dois anos após a inauguração, o local já apresentava sinais de desgaste, como infiltrações e avarias nas colunas, conforme registros feitos por moradores da região.
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