O promotor de Justiça do Ministério Público do Piauí (MP-PI) e seu assessor, ambos investigados por suspeita de exigir dinheiro para arquivar denúncias, serão monitorados por tornozeleira eletrônica. As novas medidas foram determinadas pela Justiça nesta quinta-feira (15), no âmbito da Operação Iscariotes, deflagrada no dia 7 de agosto de 2024.
A Polícia Federal e a Procuradoria-Geral de Justiça do Piauí informaram que as investigações apuram o crime de concussão, que envolve a exigência de vantagem indevida. Um empresário denunciou o promotor após ser abordado com um pedido de R$ 3 milhões para que fosse arquivado processo judicial contra o empresário. para não ter uma denúncia arquivada.
Nesta segunda etapa da operação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão em Teresina e Picos. Conforme a Polícia Federa, “O Tribunal de Justiça do Piauí determinou o bloqueio de bens e valores, o afastamento do cargo público e o monitoramento eletrônico dos investigados, além de outras medidas cautelares”.
Ainda segundo a PF em nota publicada, "Comprovados os fatos sob investigação, o agente público poderá responder pelo crime de concussão, que consiste na prática de exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida".
PROMOTOR É AFASTADO
O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) afastou o promotor por 90 dias e proibiu o acesso dele às instalações do MPPI, exceto para atos determinados pela PGJ ou pela Corregedoria-Geral. A investigação também levou à apreensão de quase R$ 900 em espécie na residência do promotor. O caso está em segredo de justiça.A PGJ acatou a determinação do corregedor nacional do Ministério Público (CNMP), conselheiro Ângelo Fabiano Farias da Costa.
Dê sua opinião: