Dólar R$ 4.9485 Clima Teresina 31ºC Maré 6:25 2,2m
22:40

Geral

Geral

Servidores do IFPI param atividades e protestam em São Raimundo Nonato

Desde de 2015, trabalhadores da educação vêm se mobilizando em busca do plano de cargo e carreira das categorias dos técnicos administrativos.

Professores e técnicos em administrativos em educação (TAEs) do Instituto Federal do Piauí (IFPI) da cidade de São Raimundo Nonato no sul do Piauí, decidiram aderir o movimento de greve que vem acontecendo em várias cidades e Estados. Dezenas de profissionais foram as ruas protestar por melhores condições de trabalho, incluindo melhoria salarial. Segundo os professores, em dezembro o governo sinalizou aumento nos auxílios alimentação, saúde e creche mas que ainda não se equivalem aos dos servidores do judiciário e legislativo.

As negociações não avançaram e a partir disso os sindicatos aprovaram, inicialmente, a deflagração de greve dos TAEs das universidades e institutos federais para o dia 03/04. Logo depois houve indicativo de greve dos docentes da rede federal. De acordo com a técnica em assuntos educacionais, Carol Lucas, as principais pautas dos TAEs são a revogação do “Novo” Ensino Médio (NEM), a campanha salarial com reajuste de 35%, a reestruturação da carreira e aumento do orçamento para as universidades e institutos federais.

‘Essa é a maior carreira do serviço público com aproximadamente 200 mil servidores e com a pior remuneração, tem um alto índice de evasão com a saída de 7 servidores em menos de 5 anos a cada 10 servidores que entram causando acúmulo de trabalho para poucos servidores e prestação de serviço limitado não podemos aceitar tanto descaso com nossa categoria. "Na maioria das vezes os servidores TAEs são invisibilizados quando falamos do setor educacional. Por isso frisamos e pedimos essa retificação nas mídias. Os servidores da educação são os docentes e técnicos administrativos em educação (TAEs)”, disse a técnica.

Os docentes apresentaram uma lista com 22 pautas da classe que motivaram o movimento grevista. Dentre elas está a demanda por um reajuste salarial de 22%, reestruturação da carreira, um novo projeto de lei para o Plano Nacional de Educação com 10% do PIB destinado à educação pública do país, revogação de portarias que dificultam a execução de ensino, pesquisa e extensão e outros. 

No país, docentes e TAEs de aproximadamente 518 unidades de IFs, do total das 680 unidades, espalhadas pelos 26 estados brasileiros encontram-se em greve. Isso representa a adesão de 77,6% dos IFs. Na última sexta-feira (19), o governo apresentou a contraproposta na mesa de negociação especifica para a carreira dos técnicos administrativos em educação e dos docentes, mas segundo os manifestantes, muitas das pautas reivindicatórias não foram atendidas, como também foi proposto um valor muito abaixo do pedido pelas categorias para o reajuste salarial. No momento, os sindicatos estão fazendo suas assembleias com a orientação de não aprovação da contraproposta do governo. De acordo com os manifestantes, a greve vai continuar até que o governo atenda ou coloque uma proposta razoável para as categorias. 


Por meio de nota, a reitoria do IFPI informou que reconhece a legitimidade e a legalidade do movimento de greve ao tempo que corrobora com a pauta de reivindicações dos trabalhadores e trabalhadoras no sentido de termos uma educação pública, gratuita e de qualidade e que haverá pleno diálogo com (os/as) servidores/as para garantir o livre  exercício de direito à greve, simultaneamente à garantia do funcionamento dos serviços essenciais. O IFPI disse ainda em nota que, espera que as negociações entre o governo e os sindicatos evoluam o mais rápido possível, e ambos encontrem uma solução que contemple a pauta de reivindicações dos trabalhadores permitindo um retorno breve das atividades escolares.

Veja Também

Dê sua opinião: