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Notas de Sabor

Desvendando a carta de vinhos: erros comuns e como escolher bem

Saiba como escolher o vinho ideal e evitar erros comuns no restaurante

Escolher um vinho em um restaurante pode parecer um verdadeiro teste de conhecimento. Para muitos, esse momento que deveria ser de prazer e celebração se transforma em insegurança. Afinal, a carta de vinhos pode intimidar até os mais entusiastas, levando a escolhas que nem sempre combinam com o prato ou com o próprio paladar. Além da carta de vinhos, a presença de um sommelier, para alguns, causa nervosismo. Por isso, muitos acabam pedindo “qualquer coisa” ou se limitando ao que já conhecem.

Mas há uma boa notícia! Com algumas orientações simples, é possível tomar decisões mais seguras — e até ousar com elegância. A seguir, compartilho alguns dos erros mais comuns que observo nas mesas por aí — e como evitá-los com tranquilidade e confiança. 

Um dos deslizes mais frequentes é escolher o vinho antes do prato — ou sem considerar sua intensidade e perfil de sabor e a intensidade dos sabores da refeição. Um tinto encorpado pode facilmente sobrecarregar um prato leve, assim como um branco delicado pode se perder diante de sabores muito marcantes. 


Foto: Amandha Silveira

Como evitar? Primeiro, escolha o prato. Depois, pense no vinho! A regra é simples: pratos leves pedem vinhos leves; pratos mais ricos combinam com vinhos mais robustos. Considere elementos como gordura, acidez, dulçor e temperos, tudo isso influencia na harmonia entre comida e vinho. E se surgir dúvida, não hesite em pedir orientação ao sommelier ou garçom. Eles estão ali para ajudar! Seja claro e sincero sobre suas preferências e orçamento. Dizer “gosto de vinhos mais frutados” ou “prefiro algo mais leve” já é um ótimo ponto de partida. Quanto mais informações você oferecer, mais assertiva será a sugestão — tanto em sabor quanto em valor. 

Também é fácil cair no erro de escolher um vinho apenas pelo preço: optar pelo mais barato por insegurança ou escolher o mais caro acreditando que será, automaticamente, o melhor. Nenhuma dessas estratégias, por si só, garante uma boa experiência à mesa. O valor de um vinho nem sempre reflete sua qualidade. Muitas vezes, rótulos mais acessíveis surpreendem pelo equilíbrio e autenticidade, enquanto garrafas de alto custo pode estar mais associadas à fama da vinícola ou à região produtora do que, necessariamente, a um vinho superior. 

Também é comum ver pessoas sempre repetindo a mesma uva, a mesma região ou até o mesmo rótulo. Claro, que não há nada de errado em ter um vinho favorito, mas repetir sempre a mesma uva ou região pode limitar suas descobertas. O mundo do vinho é vasto e cheio de possibilidades. Use a oportunidade de estar em um restaurante para experimentar algo novo. Peça uma sugestão que se aproxime do seu estilo, mas com uma proposta diferente — pode ser uma uva menos conhecida ou um rótulo de outro país. Você pode se surpreender positivamente! 

Na próxima vez que estiver diante da carta de vinhos, respire fundo, explore com calma e, se precisar, peça ajuda. Com o tempo, escolher um vinho pode se tornar tão prazeroso quanto degustá-lo — e cada nova escolha será uma oportunidade de aprendizado, descoberta e celebração. 

À nossa saúde! 

Por Amandha Silveira – Chef de Cozinha e colunista de gastronomia Instagram: @amandhassilveira | www.amandhasilveira.com.br

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